Kindzu

Inspirado no livro "Terra Sonâmbula", de Mia Couto

Me chamam kindzu...

Sou alguma coisa entre a verdade e o real. Posso nem sequer existir. Tenho a forma da terra seca que vou pisando ao tentar abandoná-la. Sou um naparama deitado a dormir intranquilo. Sou filho de muitos, dado à luz por uma uva passa nascida da árvore que não dá frutos. A minha cor de pele vem dos antepassados que não conheço. Sou indico. Oscilo entre isto e aquilo. Sou dois ou mais, posso até ser todos. Me chamam Kindzu e não sei de onde venho. Aprendi a ser defunto dos vivos, para pertencer, fazer parte. Vestido pelas memórias que me pesam na mala, roupas gastas e antigas, esfarrapado e quase nú. Apaixonei-me pela guerra mas casei com a paz. Tivemos dois filhos, a Ilusão e a Cura, um casal. Mas a guerra nunca me saiu da cabeça e do corpo. Fomos amantes ao longo da vida e a paz sempre soube. Me chamo Kindzu, o nome que se dá às palmeiras mindinhas.

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#teatro
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Adaptação e Encenação
Rita Costa
Interpretação
Raphael Teixeira
Criação e Interpretação Musical
Ricardo Martins
Espaço Cénico
Ruben Ferreira
Desenho de Luz
João Palha
Figurinos
Sofia Duarte
Coordenação Técnica
Júlio Mazzeu
Direção de Produção
Inês Pires
Produção Executiva
Inês Avelar
Comunicação, Design e Fotografia
Ruben Ferreira
Apoio à Divulgação
Telmo Botelho
Assessoria de Imprensa
The Square
Produção
Teatro Ibérico
Apoios Financeiros
DGArtes; Câmara Municipal de Lisboa; Junta de Freguesia do Beato
Apoios
IEFP; Audex